Quem sou eu

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Arbítrio.

Existem coisas, fatos, romances, paixões, para complementar,“pessoas” que deveriam ser facilmente apagas de nossas mentes, que conseguíssemos deletá-las  simplesmente  como o toque em uma tecla qualquer, ainda tenho esperança que nasça alguém com capacidade mental  superior as existentes hoje, que esse prodígio seja suficientemente capaz de inventar tal beneficio para que a humanidade possa gozar de uma vida plena e sem lembranças indesejáveis rondando a sua cabeça.
Se nos fosse dado uma chance apenas de apertar essa tal “tecla” imaginaria, teríamos que usá-la com cautela, algumas lembranças dolorosas nos servem de aprendizado. Se você escolhe apagar algo que tenha lhe trazido algum beneficio que tenha passado por despercebido, você logo o perderá também, e talvez tenha alguma dor de cabeça para adquiri-lo novamente.
Se me concedessem tal beneficio, eu poderia apagar alguns fatos que me agoniaram, descontrolaram e que me deixaram em situações no mínimo desconfortáveis, mas e a experiência adquirida pós esses fatos? Bem, melhor mudar de idéia quanto aos fatos e tentar apagar um romance, daqueles barangos, casual pra ser mais sincero, mas... Porque apagaria algum desses romances pouco duradouros? Esses não me beneficiaram muito, mas também não me prejudicaram em nada (pelo menos ainda estou vivo), melhor ir seguindo a listinha, que tal deletar uma paixão ? Não seria nada mal ter uma decepção a menos na memória, mas creio que não seria muito inteligente de minha parte, pelo menos pensando de um ponto de vista diferente de alguns que se talvez tivessem vivido drama igual ou no mínimo parecido, não perderia tempo algum em duvida sobre apagar ou não, de cara apertaria “Del” e “Adeus sofrimento!”, voltando ao que interessa, eu por outro lado vou deixar as paixãoes de lado também, melhor não deletá-las, lembra que com elas iria junto todo o aprendizado obtido? Pois então, não quero viver tudo de novo.
Uma, duas ou até três paixões, e basta, quatro já seria demais, com as loucuras da primeira, com a decadência da segunda, com as lagrimas e todo o sofrimento da terceira, imagino que minha quarta paixão venha como um tornado, destroçando qualquer coisa que se imponha  a ele, incluindo a minha pessoa (isso causa medo).
O ideal então seria deixar os fatos, romances, paixões de lado, quietinhos em uma subpasta, se possível no subconsciente, e sem pestanejar pensar na pessoa que nos induziu as loucuras, decadência, lagrimas e sofrimento, e pressionar firmemente “Del”!  Seria perfeito, simplesmente dizendo, pelo menos alguns fatos, romances, paixões futuros não te relembrariam a certa pessoa (digo isso por experiência própria), e você ainda manteria seu conhecimento adquirido anteriormente, claro essa é minha idéia, a aqueles que preferem viver de lamentações eternas por um amor perdido, eu por outro lado prefiro facilitar as coisas pra mim mesmo.
Voltando a realidade, como ainda não inventaram a tecla “Del” para nossas recordações, vou sobrevivendo como posso, substituindo “arquivos antigos”, por coisas novas (se é que me entende), inovar é uma boa opção a cada final de semana (não, não sou galinha!), mas ficar parado enquanto o novo "Einstein" seja produzido não me parece ser uma idéia de gênio.

(Rafael Augusto)

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